Juan José Hernández. Fotografía de Emiliano Montero Paíno. |
Leva quasi toda a sua vida fora do lugar por motivos da emigraciõ. Quando era um zagal - tinha 8 anos de edai - os seis padres fixaram a residência em Guipúzcoa, num bárrio periférico de San Sebastián, onde conheceu a Marisol, a sua encantadora mulher, e onde criaram a sua própria família.
Juanjo sempre trabalhó de mecânico torneiro, agora se encontra em prejubilaciõ.
Era inda mui novo quando se fizo sócio do Centro Cultural Extremeño de San Sebastián, situaciõ na que segue desde fai mais de 30 anos. Reconhece que nos primeiros anos participava poico, mas o sei espírito inquieto e a sua atenciõ contínua por a pervivência das nossas coisas, tradiciõs e costumes; fizeram que poico a poico se fora involucrando de maneria mais ativa com o Centro.
Juanjo, conta-nos algo do Centro Cultural Extremeño de Donostia-San Sebastián.
Como bem explica o amigo e também membro da diretiva, Victor Bermejo na página web do Centro, primeiro apareceram agrupaciõs de jovens extremenhos que divam por os lugares informando aos paisanos. De entre as primeiras comissiõs destacou a de Hernani, que foi por os arredores, como Rentería, Irún, etc... e San Sebastián, sitio que elegeram pa levantar um centro cultural e extremenho. Depois de muto esforço se conseguiu o primeiro local na calhe Carquizano. Mas em poico tempo se quedou pequeño. Mutos dos iniciadores da aventura abandonaram o projeto, sendo os que quedaram e os novos que se uniram mais tarde os que conseguiram o novo local do que agora disponhemos no Paseo Zarategi, 86.
¿Como se sustém o Centro?
Tendo em conta que nasce em Euskadi, onde existe a tradiciõ das sociedais gastronómicas, o nosso Centro, de igual maneira, ademais de utilizar-se para manter os laços e as senhas de identidai que nos caracterizam; se constitui como sociedai gastronómica na qual os sócios podem utilizar a cozinha, o mobiliário, os utensílios de mesa e as bebidas para levar a cabo no sei interior distintas celebraciõs, percebendo o centro um montante que varia em razõ ao número de comensais, utensílios utilizaus, etc... Outra forma de reunir fondos procede das quotas dos sócios, que na atualidai é de 3 euros ao mês. Também das ajudas da Comunidai Autónoma que subvenciona algũas das actividais que leva a cabo o centro ao largo do ano, de os municípios que visitamos cada ano com as nossas actividais culturais e gastronómicas ou do alquiler do Bar de que disponhemos no Centro.
¿Quantos sócios sois, e que actividais levais a cabo?
Neste momento andamos por os 500 sócios, a maioria somos extremenhos; tanto de lugares da província de Cáceres como de Badajoz. Falando da Serra de Gata, temos sócios ademais do nosso lugar, de Azevo, Vilamel, Vilhasboas de Gata, Gata, Moraleja, Sã Martim de Trevelho, Torrecilha, Cadalso...
Os que nos involucramos, participamos num número elevau de actividais que desarrolhamos ou por a nossa conta ou em colaboraciõ com outros centros culturais e/ou regionais, em razõ a que o nosso Centro forma parte da Federaciõ de Asociaciõs Extremenhas em Euskadi ou da Federaciõ Guipuzkoana de Casas Regionais.
Por citar-vos algũas, enceto com a que se desarrolha com motivo da famosa carreira popular "La Behobia – San Sebastián" na qual aprovitamos para celebrar o "día das Migas." A carreira termina no Boulevard donostiarra, circunstância que atrai muta afluência de pessoas que transitan por a parte velha de San Sebastián, em que se encontra a praça da Constituciõ, e na qual organizamos ũa jornada cultural e gastronómica dando a conhecer a quantas pessoas se aproximam tanto do nosso folclore extremenho, como da nossa gastronomia; dando a provar entre outros produtos, as famosas Migas. A atuaciõ folclórica corre por conta do Grupo Folclórico Virgen de Guadalupe, grupo que nasce da ilusiõ e esforços de socios do Centro.
Outras actividais sõ as que levamos a cabo com motivo da celebraciõ do Día de Extremadura, na que fazemos exposiciõs de trajes típicos, debuxos, fotografias ou manualidais dos sócios. Ademais de dramatizaciõs de obras de teatro, com a colaboraciõ do grupo de teatro o Jarancio que vinha sendo subvencionau por a Junta de Extremadura, mas para a última representaciõ correram os gastos por conta dos próprios integrantes do grupo, já que nõ foi subvencioná a sua participación na última semana cultural. Concurso gastronómico de postres, jogos para os zagais, conferências sobre história ou cultura extremenhas, alegrando-me de rememorar a tua intervenciõ o ano passau na que nos mostraste a entretia exposiciõ sobre "as falas dos tres lugares." Continua a semana cultural com a seida às campas de Guadalupe - Hondarriba na que executamos os populares jogos de Toka, Rana e Bote. Recitais de poesia a cargo dos sócios, exposicíõ e venda de produtos extremenhos, missa extremenha cantá por o grupo folclórico do centro "Virgen de Guadalupe" e finalizamos com a convivência com outro centro extremenho. O ano passau a convivência se fizo com o centro de Pamplona.
Finalizo recordando que também participamos nos eventos que promovem as Federaciõs que citei antes, como o Festival de vilancicos e danças extremenhas da Federaciõ de Asociaciõs Extremenhas em Euskadi ou aquelas outras que promovem outras casas regionais que formam parte da Federaciõ Guipuzkoana de Casas Regionais.
Os próprios sócios que dominam algum tema em especial e que pode servir de ajuda ao resto, promovem actividais mui interessantes como os cursos de informática que hã impartiu recentemente os membros da diretiva Victor e Kely.
Poderia continuar contando mas sempres se me olvidaria algũa. Creo que com isto vos podeis dar conta de que o Centro Cultural Extremeño de San Sebastián é mui activo.
Agora, fala-nos do tei cargo como Presidente do Centro.
Ei vinha formando parte da anterior diretiva que presidia o mei antecesor, o senhor Presidente dom Fernando Gutiérrez Antón, que levou o cargo com muta dedicaciõ e acerto ao largo de dois mandatos. Naquela diretiva ei era vogal e tinha ao mei cargo a cozinha com vários vogais mais.
Ao finalizar o último mandato nada mais presentou candidatura o equipo que havíamos colaborau com o mei antecessor e foi aprová por a unanimidai de quantos assitiram à Assembleia que realizamos no mês de abril passau.
Na diretiva que presido conto com mui boa gente, que sentem como ei o mesmo amor por a terra que nos veu nascer, entre os quais há outro socio que, como ei, é de Valverde e se chama Santos Mazón.
Mas temos na diretiva a sorte de contar com sócios mui involucraus que colaboram com nós, por o que me vais a permitir que quede aquí patente o mei reconhecimento a tos eles, com especial menciõ à valverdeira Ramona Martín.
O cargo de Presidente é por dois anos e pretendo continuar a lavor do mei antecesor, ponhendo especial atenciõ, por outro lado en chegar com o Centro aos mais novos, aos zagais e zagalas, filhos de extremenhos que nasceram em Guipuzkoa; com o fim de que continuem preservando as nossas tradiciõs. Temos que chegar a eles, conhecer e compartir com eles as suas inquietudes, adaptando com eles as actividais com o fim de que se involucrem mais. Finalmente, de entre os objetivos nos que nós trabalhamos, está o de conseguir que o consumo gastronómico que se leva a cabo no Centro se sustente nos bons produtos de que gozamos na nossa Comunidai Autónoma e na nossa Serra.
Juajo, foi um prazer fazer-te esta entrevista. Que tenhas boa colheita de maneira que vejas cumplius os vossos objetivos e que desfruteis da semana cultural do Centro já está próxima.
Fotos que pertencem ao Centro Cultural Extremeño de Donostia-San Sebastián.
Se tomaram na celebraciõ da última semana cultural gastronómica extremenha que levou a cabo o Centro em Hernani (Guipuzkoa).
Fotos que pertencem ao Centro Cultural Extremeño de Donostia-San Sebastián.
Se tomaram na celebraciõ da última semana cultural gastronómica extremenha que levou a cabo o Centro em Hernani (Guipuzkoa).